Foto: Reprodução
Um vídeo que mostra uma idosa de 100 anos na garupa de uma motocicleta a caminho da prova de vida do INSS viralizou nas redes sociais nos últimos dias. A cena, protagonizada por João Pedro Englert Nunes Bortoluzzi Teixeira, 23 anos, e sua bisavó, Lúcia Englert, ultrapassou 65 mil visualizações e chamou a atenção pela vitalidade da centenária e pela relação de carinho entre as gerações.
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O registro mostra o deslocamento da dupla pelas ruas de Santa Maria. Segundo João Pedro, a publicação começou de forma despretensiosa nos stories e, devido ao engajamento, ganhou proporção inesperada ao ser publicada no feed.
– Eu não achei que esse vídeo ia tomar uma proporção tão gigantesca. Foi a segunda ou terceira vez que saí de moto com a avó, justamente por conta dos impactos, tem que ser mais delicado. Mas a gente não esperava o quão sucesso ia ser – conta o bisneto.
Laço familiar

A relação entre os dois é de longa data. Lúcia, nascida em 2 de julho de 1925, auxiliou na criação de João Pedro desde a infância, especialmente durante os compromissos profissionais da mãe dele, a DJ santa-mariense Kaká Angel, falecida há cerca de 10 anos.
– A ligação comigo e com a avó é desde quando eu nasci. Ela cuidou da minha mãe e, desde então, ela me cuida. Minha mãe era muito compromissada e me deixava com a avó, porque tinha segurança nela – relata João Pedro.
Vitalidade aos 100 anos

A repercussão do vídeo também se deve à disposição de Lúcia. Conforme o relato, apesar da idade avançada, ela mantém uma vontade ativa de participar das tarefas diárias, o que por vezes gera preocupação e cuidados redobrados por parte do bisneto.
– Ela tem uma cabeça mais jovem. Às vezes, chego em casa e ela está capinando, querendo cortar grama, passando pano no chão. Coisas que, para uma pessoa de 100 anos, não é normal – diz João Pedro, que afirma ter entendido que o movimento é o que "mantém ela viva".
Sobre a fama repentina, o jovem conta que a bisavó se diverte com a situação.
– Falei: 'Vó, tomou uma proporção gigantesca'. Ela fica com um sorrisão no rosto. Recebi muitas mensagens de carinho, de gente que já perdeu os seus avós e sentem o coração aquecido de lembrar os momentos. É muito gratificante conseguir transparecer esse amor – conclui.